Preenchimento de um cartão QSL
O cartão QSL é considerado o cartão de visita de um radioamador. Serve para registrar cada primeiro contato e para comprovar a participação em várias modalidades de competições; para receber certificados internacionais e outros. Enviar o cartão QSL, quando do primeiro contato com um colega de rádio, é ética operacional. Mas para que o cartão de visita de um radioamador retrate a verdadeira personalidade do operador, certas regrinhas são necessárias:
1. nunca mande um cartão sujo ou amassado;
2. preencha-o de forma legível, de preferência em letra de forma;
3. observe as normas do BUREAU quanto à confecção do mesmo;
4. procure ter seu próprio cartão, ou seja, personalizado (não é vital), mas é o seu cartão de visita que está sendo enviado para o mundo; um cartão postal de sua cidade quebra um galho;
5. nunca deixe de pagar um cartão, pois ser considerado um caloteiro de cartão, logo se espalhará pelo mundo a sua fama;
6. nunca deixe de pagar um cartão de um RADIOESCUTA, pois em muitos países, o cartão para o radioescuta significa o Certificado de Operação. Ele necessita de uma certa quantidade comprovada de cartões para receber a licença;
7. registre todos os seus contatos no livro de registro de comunicados, mas apenas 1 vez para cada indicativo. Marque no quadro correto se você enviou o cartão e marque também quando você receber. Caso o colega não retribua, não é deselegante você cobrar o retorno do mesmo. Mas lembre-se toda a tramitação de cartão poderá demorar algum tempo, especialmente contatos com o exterior via BUREAU;
8. quando você realizar um contato, pergunte ao colega se o mesmo é LABREANO (sócio da LABRE) pois assim você evitará despesas de remessa postal (LABRE para contatos dentro do país) - para internacionais solicitar se é via Manager (ou via BUREAU, quando o colega for sócio de entidade radioamadorística local).
9. citar se é via Manager (ou via BUREAU, quando o colega for sócio de entidade radioamadorística local).
O PREENCHIMENTO DO CARTÃO
Os termos constantes em um cartão são normalmente escritos em inglês (por ser uma língua universal). Na parte superior da maioria dos cartões terá FROM, ou seja, quem está mandando o cartão. Preencha com seu indicativo de chamada. Logo abaixo uma série de informações sobre a estação trabalhada.
TO RADIO:
o indicativo da pessoa com a qual você realizou o contato.
DATE:
dia, mês e ano que você realizou o contato
UTC:
horário mundial. No caso do Brasil deve-se acrescentar mais 3 horas ao nosso horário local. No horário de verão acrescenta-se mais 1 hora.
MHz (ou BAND):
freqüência (ou banda) em que foi realizado o QSO
TWO-WAY:
CW: quando o contato for realizado em telegrafia,AM: quando o contato for realizado em amplitude modulada,FM: quando o contato for realizado em freqüência modulada;RTTY: quando for utilizada esta forma de contato;SSB: quando o contato for realizado em banda lateral.Obs: no caso de estação SWL, não há o modo two-way, apenas o modo (way).
R - S - TR:
sinal de recepção, o QSA, na escala de 1 a 5,S: sinal de transmissão da estação trabalhada. Pico mínimo registrado no Smiter.T: sinal de transmissão da estação trabalhada Pico máximo registrado (tonalidade somente para CW).Obs: no caso de estação SWL, anular esse campo (pois você não reportou nenhum sinal ao radioescuta).
QSL: PSE-TNX
Se está mandando o QSL e não recebeu ainda o da estação trabalhada, assinale PSE (please, ou mande-me retorno ou aguardo seu cartão etc).Se você já recebeu o cartão QSL e está pagando, assinale TNX (thanks, obrigado etc.).Em cartões padronizados é comum observar o termo VY 73 ou seja, um forte abraço. Não esqueça de assinar (colocar seu nome no cartão).Ainda no cartão QSL deve conter o endereço do remetente ou do BUREAU.
GRID LOCATOR:
Essencial para VHF ou frequências mais altas.Não esqueça de mencionar a marca de equipamento que você operou, modelo, potência e tipo de antena utilizada. Isto pode ser feito logo abaixo de VY 73.Alguns operadores adotam etiquetas auto-colantes. São registrados em computador todos os comunicados e depois são impressos. A forma como é preenchido o cartão é opcional, mas deve conter todos os dados acima.Cartões que não são enviados via BUREAU por diversos motivos (não ser o radioamador associado da LABRE, ter urgência na remessa etc), às vezes implicam em certas despesas extras, como ter que enviar envelope sobrescritado para retorno e vale postal e até mesmo dinheiro (dólar) para remessa do retorno ou o IRC (International Reply Coupon).fonte: http://www.qsl.net/py7br/cartao.htm
O CARTÃO QSL
Uma das mais sagradas instituições no mundo radioamadorístico é a troca de cartões QSL para confirmar os QSO realizados.
Pelo menos o primeiro QSO deve ser confirmado com um cartão QSL. Situações especiais como nova faixa, modo ou local de operação podem merecer a remessa de outro QSL.
No entanto, um QSL deve obedecer a critérios, nem sempre conhecidos de todos os radioamadores, o que nos motiva escrever as orientações a seguir.
A primeira coisa que se deve cuidar em um QSL é que ele tenha todos os itens obrigatórios para que seja válido como confirmação de um QSO e possa ser aproveitado para diplomas e classificação de estações em competições como o DXCC:
a) indicativo da estação “dona do QSL”, sempre em destaque
b) dados básicos do QSO
indicativo da estação trabalhada, preferencialmente em destaque
data do QSO
hora do QSO, preferencialmente UTC (ou indicação do fuso)
freqüência (indicando MHz ou banda)
modo de operaçãoreportagem RST
Todos esses dados devem estar anotados sem borrões ou rasuras, que invalidam o QSL. Se errou, rasgue o QSL e faça outro.
Outros dados são interessantes de se fazerem constar, apesar de não obrigatórios, seja para completar informação ou facilitar a utilização, por parte de quem recebe o QSL, para diplomas e certificados:
nome do titular do indicativo
endereço postal do titular e/ou indicação para remessa de QSL
Grid Locator; coordenadas geográficaszonas
ITU e CQ
endereço de e-mail do titular
validade para algum diploma
local para indicativo do QSL manager da estação trabalhada
Mas veja, isso é para um QSL normal. Se vai ser um QSL de expedição, de ativação de ilha, farol ou forte, algumas das informações opcionais tornam-se obrigatórias, dependendo de qual entidade vai reconhecer sua operação, por exemplo:
operação em ilhas: IOTA e AIE: no QSL deve ter o nome da ilha e o código da ilha em cada entidade
operação em faróis: ARLHS, WLOTA e AEI: nome do farol, código do farol e, se em ilha, nome e código da ilhaoperação em fortificações: AEI: código da fortaleza
Agora você vai cuidar da “arte” de seu QSL. Nesse ponto entra toda sua criatividade, mas procure evitar fotos ou desenhos que provoquem qualquer constrangimento a quem vai recebê-lo. Não use caricaturas que denotem qualquer preconceito nem fotos de pessoas nuas ou com pouca roupa (lembre-se que seu QSL vai rodar o mundo e os costumes de outros povos são diferentes dos nossos). Se pertence a alguma entidade radioamadorística, coloque seu logotipo no QSL, mas antes certifique-se que não há restrições quanto ao seu uso.
Antes de mandar imprimir, faça uma prova e veja se texto e fotos não encobrem um aos outros e se o texto fica legível, considerando tamanho da fonte e cor.
As dimensões recomendadas para um QSL são: largura 140 mm e altura 90 mm. O formato postal já foi muito utilizado, mas encontra-se em desuso.
A gramatura do papel do QSL deve ser de 250 g/m2. QSL em papéis muito finos danificam-se facilmente no manuseio dos bureaux e no arquivo dos destinatários. Os confeccionados em papel mais grosso tornam mais cara a remessa, tanto via direta como via bureau, que também se utiliza dos correios para envio dos cartões.
É essencial que você envie os QSL. Nada de somente retribuir QSL recebido. Tome a iniciativa de enviar os seus, independentemente de receber o do colega.
Não se esqueça de enviar um exemplar de seu QSL para o Arquivo Histórico do Radioamador Brasileiro (www.radioamador.org.br)
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Orlando Perez Filho .·. PT2OP
Diretor de RadioamadorismoLABRE Nacional